terça-feira, 1 de outubro de 2013

07/09 - Festa rock - Edição Megaphone de Independência


Quando fiz a minha primeira resenha para o blog, que foi o Blackbird Fest em Águas de Lindóia, ressaltei algo que acharia muito difícil ver novamente; Varios estilos mesclados em uma única festa. Pois é o eu aconteceu nessa ultima festa rock que tive o prazer de presenciar, e não foi só o fato da mistura, mas o fato e a ousadia de colocar só bandas autorais, onde o publico não teria acesso a covers, e sim a musicas que muitos ali teriam seu primeiro contato.
Tarefa difícil; Como varias tribos iriam em um show, ver  varias bandas e sequer saber cantar uma só musica? Pois bem, o publico foi, e foi em grande numero, e conforme as musicas eram executadas, rapidamente aprendiam e entoavam nem que fosse somente o refrão. Foi demais.

Para abrir a noite, prata da casa, o Mr. Speed veio com seu Hard/Heavy feroz, veloz e contagiante. Com musicas de fácil assimilação e com grande carisma. Já de cara conquistou quem vinha chegando para a longa noite que estava por vir. Apresentando musicas de seus dois trabalhos lançados, “Rock and Roll Solution” e “The Snake Ass” , a banda logo lotou a frente do palco. Mais um show fantástico.

Nessa edição da Festa Rock, os organizadores tiveram a brilhante ideia de utilizar um espaço que tem na área externa do local do evento, onde antigamente tinha uma tenda, pra ficar uma banda tocando enquanto na área interna as bandas se arrumavam para começarem suas apresentações. Ponto pra organização, trouxeram a banda de Campinas Tanto Herói Canalha (THC) pra entreter a galera. Com um som mais calmo, bem de leve, a banda foi muito elogiada pelo publico. Talvez tenha sido a banda que mais tocou na noite, pois tocaram em todas as trocas se não me engano, Muito massa essa idéia.

A segunda banda a se apresentar foi o Barbaria; Metal dos sete mares, os bucaneiros, todos caracterizados mandou seu som forte e contagiante, colocando a galera pra cantar, agitar e entrar em delírio ao som das guitarras pesadas enquanto o vocalista, movido a Rum, guiava todos numa festa digna das antigas tavernas da Irlanda. Divulgando a Demo “Under a Black Flag”, a banda hasteou sua bandeira e deixou sua marca com louvor na noite que estava apenas começando.

Terceira banda da noite foi o Noizzy, banda interessantíssima diga se de passagem, vencedora do 3º Festival de bandas de Itapira, mandou um New Metal muito bacana. Essa banda eu já tinha visto no Blackbird Festiva em Águas, no começo do ano e foi umas bandas que me fez pensar no porque de não ter um festival mais mesclado na cidade, até mesmo porque eu nunca tinha visto uma banda nesses moldes tocando aqui, pelo menos não autoral, pois já tinha visto o Korn cover (N-rok). Com um som bem cadenciado, a banda agradou,  com musicas abstratas e contagiantes ao mesmo tempo, forte carisma e muita empolgação no palco.

Curto e Grosso, assim podemos chamar a apresentação do Take Me Back.
Hardcore sem frescura, simplesmente com o intuito de expressar suas idéias em musicas que não passavam das casas dos dois minutos. Foi como um furacão, pesado, rápido e centrado naquilo que estavam propostos a passar ao publico, com letras de teor politico e revolucionário, os caras mandaram brasa e colocaram a casa abaixo.

Corazones Muertos foi a quinta banda a se apresentar na noite, a banda paulista com integrantes que vão desde Itapira até a Argentina, mostrou toda a sua força num Glam/Punk pra ninguém botar defeito. Com musicas rápidas e pesadas, com forte influencia de bandas como New York Dolls e Ramones, a banda fez a frente do palco lotar em poucos segundos; Infelizmente, problemas com a bateria, que insistia em agitar junto com a banda, fez com que o show fosse encurtado, porem fora esse pequeno percalço, a banda obteve êxito no quesito animação e carisma.

Depois de um pequeno atraso, devido ao problema ocorrido com a bateria, foi a vez do Nervosa subir ao palco, banda formada só por mulheres, e que já tem certo conceito na cena Thrash nacional. Ai foi uma pancada atrás da outra em cima do palco, e a roda foi aberta. Musicas pesadas, sem descanso, sem tempo pra repirar, era porrada atrás de porrada. Já vi muitas bandas de Thrash Metal, e até conhecia o Nervosa da internet, porem ao vivo é uma experiência única, foram formidáveis, ponto positivo pros organizadores que as trouxeram exatamente pra uma festa só de bandas autorias.

E pra fechar a noite com chave de ouro, A Fantastica Maddame, banda com um som setentista de encher os olhos e os ouvidos, os caras são simplesmente perfeitos em tudo, na maneira de se vestir, no conceito quase teatral, e claro, nas canções entoadas com maestria. Confesso que ao chegarem ao camarim, com aquele jeito bem anos setenta, todos sorridentes, esbanjando simpatia, os caras já conquistaram todos nós do blog, ao tocarem suas musicas então, nem se fala. E já eram quase quatro e meia da matina, e a galera pedindo “mais um”, foi sensacional, o ar setentista realmente tomou conta do espaço.

Com a organização da Festa Rock em conjunto com Megaphone Tabloid, mais um sucesso que tive o privilégio de acompanhar, cobrir, participar e curtir muito. Todas as bandas foram perfeitas e quero salientar mais uma vez a escassez de festivais assim, não digo de sons autorais, acho que isso deva acontecer frequentemente, mas também mais festivais com essa grande mescla de estilos, dando espaço assim, pra muitas bandas na região que muitas vezes não tocam por puxar pra um estilo mais exótico, fugindo do Metal tradicional, e é claro parabelizar esses dois guerreiros do rock que mesmo com tantas dificuldades, levam a bandeira do Rock pra frente e continuam colocando Itapira cada vez mais no mapa como a “Cidade do Rock”.

Confira as fotos nos links abaixo:



Curta nossa Fan Page no Facebook:


Fotos e Edição de Imagem: Vanessa Freitas e Renata Oliveira;
Resenha: Rafael Mendes;

Nenhum comentário:

Postar um comentário